A equipe de transição da gestão de Ramos cometeu seu primeiro grande erro ao não agir de forma incisiva durante o processo de escolha de prioridades de pagamento feito pela antiga gestão, em dezembro. Diante da delicada situação financeira da prefeitura, com dívidas acumuladas e salários atrasados, a decisão sobre quem seria pago primeiro deveria ter sido cuidadosamente analisada, mas não foi isso que aconteceu.
Na ocasião, a gestão anterior optou unilateralmente por definir a ordem de pagamento, sem consultar a nova equipe. Segundo especialistas, o correto seria que a equipe de transição, liderada pelo grupo de Ramos, convocasse uma análise conjunta com a antiga gestão, a fim de avaliar quais prioridades causariam menor impacto para a continuidade dos serviços públicos e para o bem-estar dos servidores.
O que a Equipe de Transição Deveria Ter Feito
Caso a equipe de Ramos não conseguisse chegar a um consenso com a antiga gestão sobre a definição de prioridades de pagamento, deveria ter provocado os órgãos competentes, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público, buscando orientações formais e a garantia de que a escolha fosse feita de forma justa e transparente.
Essa medida seria fundamental para:
.Evitar pagamentos seletivos que prejudicassem parte dos servidores e fornecedores.
.Proteger a nova gestão de responsabilidades futuras, caso houvesse irregularidades nas decisões tomadas.
.Assegurar a legalidade das ações da prefeitura durante o processo de transição.
Impacto da Falta de Intervenção
A ausência de uma análise criteriosa e a falta de uma ação junto aos órgãos de controle permitiram que a antiga gestão fizesse escolhas que, hoje, afetam diretamente a nova administração. Com salários ainda em atraso e fornecedores cobrando débitos, a equipe de Ramos herdou uma situação ainda mais complicada do que a prevista.
Conclusão
O erro de não intervir no momento certo mostra a importância de uma transição bem articulada, com decisões baseadas em diálogo e, quando necessário, intervenção dos órgãos competentes. A experiência serve como um aprendizado para que, daqui para frente, a gestão de Ramos adote uma postura mais ativa e preventiva, evitando que decisões críticas sejam tomadas sem a devida análise e responsabilidade.
O Paulista Urgente continuará acompanhando de perto os desdobramentos dessa situação e trará novas informações em breve.
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